Trabalho De Marx

É muito comum de se ouvir discussões sobre o caminho da nossa sociedade atual e como ela vem sendo cada vez mais engolida pelo sistema capitalista. Daniel Bin, professor da Universidade de Brasília, é um dos que defendem que hoje em dia, tudo é pretexto para a criação de novas mercadorias e para a geração de lucro.
Baseando-se em conceitos de teorias desenvolvidas por Karl Marx em tempos de revolução industrial, Bin alega que o modo de produção é o que alimenta este sistema e que seu desenvolvimento acelerado é altamente nocivo para a comunidade. Ele também desenvolve a ideia de que o modo de funcionamento das indústrias responsáveis pela manutenção dessa produção exacerbada da mercadoria é exatamente o que cria a insustentabilidade do capitalismo.
Marx desenvolveu uma explicação para este fenômeno que se encaixava na sociedade daquele momento, mas que talvez não possa ser plenamente defendida na situação atual do mundo, como faz o professor brasiliense. Para ambos, o modo de produção capitalista que se dá, basicamente, através do trabalho assalariado, é somente possível graças à divisão da sociedade em duas classes distintas e opostas: a burguesia, classificada como proprietária das forças produtivas (meios de produção; matéria-prima e, de certa forma, até a força de trabalho) e vistos, de certa forma, como os opressores; e o proletariado, que é aquela classe que fornece a força de trabalho para completar o ciclo de produção, avaliados como sendo os oprimidos e alienados. Partindo deste último pressuposto, entende-se que parte desta alienação se converte em uma espécie de quantia simbólica do valor da mercadoria (não refletindo seu valor total) que serve para amortecer o sentimento de não-pertencimento ao processo: o que chamamos de salário.
Entretanto, dizer que só existe este tipo de relação de trabalho na sociedade atual ou até mesmo dizer que este vínculo é o mal do convívio social não é necessariamente apropriado. A partir do momento em que Marx estabelece