IDEOLOGIA DO TRABALHO PARA MARX
Para compreendemos a Ideologia do trabalho em Marx, em primeiro lugar, é necessário dispor do conceito de ideologia utilizado por ele.
“Os indivíduos que constituem a classe dominante possuem, entre outras coisas, uma consciência e é consequência disso que pensam: na medida em que dominam enquanto classe e determinam uma época historia em toda sua extensão, é lógica que esses indivíduos dominem em todos os sentidos, que tenham, entre outra, uma posição dominante como seres pensantes, como produtores de ideias, que regulamentem a produção e a distribuição dos pensamentos de sua época, as suas ideias são, portanto as ideias dominantes de sua época.”
Marx acreditava que o trabalho é a junção das forças produtivas (capacidade do ser humano de modificar a natureza e dispor de materiais e habilidades para tal fim) e das relações sociais de produção (os homens, ao trabalharem, entram em contato uns com os outros, demonstrando que o trabalho não é uma atividade isolada).
Logo, a ideologia do trabalho é aquele modo de produção vigente na época, as ideias da classe dominante são as ideias dominantes.
Tratarei nesta resenha sobre a evolução das ideologias do trabalho para Marx. Demonstrando como, a partir de suas convicções, o materialismo histórico e a evolução das sociedades e das relações de trabalho impulsionaram fortemente a criação, substituição e a supremacia de diversas ideologias de trabalho, perceptíveis no decorrer do processo histórico, as quais se extinguem a partir do momento em que o progresso social e laboral as tornam ultrapassadas, sendo necessária à instituição de outra.
PROCESSO HISTORICO DE EVOLUÇÃO DAS IDEOLOGIAS DO TRABALHO
Para Marx, as ideologias do trabalho evoluem historicamente, elas não são estáveis. Para Marx, “as relações materiais que os homens estabelecem, o modo como produzem seus meios de vida, formam a base de todas as suas relações”, convicção encontrada no que foi chamado de materialismo