Trabalho de História
Desde 1807, quando a Família Real se transferiu para Brasil Portugal sofria os efeitos de uma grave crise econômico-financeira, que já era crônica desde o século XVIII. A burguesia mercantil, ressentida com a perda do monopólio colonial, não tinha como resistir à esmagadora concorrência britânica; faltavam gêneros de primeira necessidade, os preços disparavam e a moeda se desvalorizava. Além da crise, crescia no reino o descontentamento com a ditadura do marechal Beresford, o regente inglês que governava com plenos poderes, enquanto o rei permanecia no Brasil.
Com isso, o espírito liberal revolucionário começou a ganhar corpo. Em 1818, na cidade do Porto, foi criado o Sinédrio, uma associação de liberais composta de intelectuais, militares e burocratas, que, sob a liderança de Manuel Fernandes Tomás, pregava a expulsão dos ingleses e o retomo de D. João VI a Portugal, devidamente limitado por uma constituição.
1820-1821: a metrópole faz pressão
A Revolução liberal do porto de 1820, que exigia a volta da família real à metrópole, culminou com o retomo de dom João VI a Portugal, em 1821, dando início ao período regencial do príncipe dom Pedro no Brasil.
Desde o começo, a regência de dom Pedro foi marcada por pressões da metrópole. Temendo que ele se aliasse à elite local e efetivasse a independência do território, as Cortes portuguesas (o Parlamento) tomaram medidas que diminuíram o poder do príncipe e propuseram o retomo do Brasil à condição de colônia.
1821: as forças políticas se dividem
A possibilidade de voltar à condição de colônia devido às pressões de Portugal levou a sociedade brasileira a dividir-se basicamente em duas correntes, que ficaram conhecidas como partidos, embora não fossem partidos políticos oficialmente registrados, como os atuais:
• O “partido brasileiro" foi o grande articulador da emancipação, trabalhando, num primeiro momento, pela permanência de dom Pedro. Dele faziam parte comerciantes, profissionais