Trabalho de História
O dia: 12 de agosto de 1798. Panfletos com ameaças à Coroa Portuguesa estão afixados em muros de Salvador e convocam a população a uma revolução, à instauração da República Baiana, na qual "todos serão iguais, não haverá diferença, só haverá liberdade, igualdade e fraternidade". Os revoltosos se reúnem para arquitetar uma luta armada, mas o governo português interrompe o encontro. Os participantes fogem, mas nos dias seguintes 41 deles são presos. As investigações policiais levam um ano e têm como resultado o enforcamento e o esquartejamento em praça pública de quatro líderes. O fato - conhecido como Conjuração Baiana, Revolta dos Búzios, Revolução dos Alfaiates e Inconfidência Baiana - não pode ser estudado apenas como mais uma revolta do período colonial, como por exemplo a Inconfidência Mineira. Isso porque faz parte do estudo de História saber que fatos estão interligados. Quando o foco é a Conjuração, portanto, é essencial levar em conta seu contexto. A Revolução Francesa, por exemplo, teve grande influência no conflito baiano.
Revolta dos Malês
A Revolta dos Malês foi um movimento que ocorreu na cidade de Salvador (província da Bahia) entre os dias 25 e 27 de janeiro de 1835. Os principais personagens desta revolta foram os negros islâmicos que exerciam atividades livres, conhecidos como negros de ganho (alfaiates, pequenos comerciantes, artesãos e carpinteiros). Apesar de livres, sofriam muita discriminação por serem negros e seguidores do islamismo. Em função destas condições, encontravam muitas dificuldades para ascender socialmente. Os revoltosos, cerca de 1500, estavam muito insatisfeitos com a escravidão africana, a imposição do catolicismo e com a preconceito contra os negros. Portanto, tinham como objetivo principal à libertação dos escravos. Queriam também acabar com o catolicismo (religião imposta aos africanos desde o momento em que chegavam ao Brasil), o confisco dos bens dos