Trabalho de História ARQ
Antigo império
Quando nos referimos à atitude dos egípcios diante morte e a imortalidade, não nos referimos ao homem médio, mas apenas à pequena casta de aristocratas que se agrupava ao redor da corte real. A forma padronizada dessas sepulturas era a mastaba, um túmulo de forma trapezoidal recoberto de tijolos ou pedra, acima de uma câmara mortuária que ficava abaixo do solo e ligava-se à mastaba por meio de um poço. No interior da mastaba há uma capela para oferendas ao ka e um cubículo secreto para a estátua do morto. As mastabas reais chegaram a alcançar um tamanho admirável e logo se transformaram em pirâmides. A mais antiga é, provavelmente, a do rei Zoser em Sakkarah, um pirâmide de degraus que sugere um agrupamento de mastabas, por oposição aos exemplos posteriores de Gizé, mais planos e regulares.
As pirâmides não eram estruturas isoladas, ligavam-se a imensos distritos funerários, com templos e outras edificações que eram o cenário de grande celebrações religiosas, tanto durante quanto após a vida do faraó. O mais elaborado desses distritos é o que se encontra ao redor da pirâmide de Zoser: seu criador, Imhotep, é o primeiro artista cujo nome a história registrou, e o fez merecidamente, uma vez que sua obra – ou o que resta dela – causa enorme impressão ainda hoje. A arquitetura egípcia havia começado com estruturas feitas de tijolos e argila, madeira, junco e outros materiais leves. Imhotep usou pedra talhada.
O desenvolvimento da pirâmide atinge seu ponto culminante durante a Quarta Dinastia, na famosa tríade de grandes pirâmides em Gizé, todas elas com a conhecida forma regular e plana. Originalmente, possuíam um revestimento exterior de pedra cuidadosamente polida, que desapareceu, exceto próximo ao topo da pirâmide de Quéfren. Agrupadas ao redor das três grandes pirâmides há várias outras, menores, e um grande número de mastabas para membros da família real e altos oficiais. Próximo ao templo do vale da segunda pirâmide, a de