trabalho de historia
O segundo ato institucional do Governo de Castelo Branco era decretado em outubro de 1965, prevendo eleições indiretas para a presidência da República e a centralização dos poderes a cargo do Executivo. Com o AI-3, que não demoraria a ser aprovado, todos os partidos políticos foram extintos, surgindo duas agremiações políticas bipartidárias: a Aliança Nacional Renovadora (ARENA), pró-governo e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), uma oposição meio consentida.
Com as duas agremiações, os militares pretendiam maquiar uma democracia que na prática estava longe de ser concretizada: o bipartidarismo veio como uma solução para trazer ares democráticos em um regime que caracterizava-se pela repressão e autoritarismo. De fato, o MDB não ameaçava nem um pouco os interesses do poderio militar.
No setor econômico, centenas de empresas faliram com a política antiinflacionária do Ministro do Planejamento Roberto Campos. Para melhorar a situação, Castelo Branco aprovou a entrada maciça de produtos estrangeiros e investimentos externos, elevando a dívida do país. Entretanto, só se beneficiava com esse estímulo ao consumo a classe social que tinha facilidade de crédito, formada pelos mais ricos e abastados.
Ainda em seu governo, Castelo Branco decreta o AI-4, exigindo do Congresso o apoio a uma nova Constituição. Antes do término de seu mandato, que foi prorrogado de 31 de março de 1966 para 15 de março de 1967, ele promulgou uma nova Lei de Segurança Nacional (LSN), que vigiava todos os setores da sociedade e punia severamente seus opositores