Trabalho de geografia
Por:
Equipe ANDI
As estratégias cada vez mais ousadas das empresas de marketing para conquistar o público infantil na mais tenra idade e os maus hábitos incentivados pela propaganda de alimentos para crianças foram os principais temas debatidos hoje (8) no GT4 Publicidade Dirigida à Infância: Desenvolvimento Sustentável e Padrões de Consumo.
O debate contou com a participação do diretor de Política e Prática de Propaganda da Advertising Standards Authority, do Reino Unido, Shahriar Coupal; do professor do Instituto de Consumo da Universidade San Martin de Porres e deputado peruano, Jaime Delgado; da diretora da Campanha por uma Infância Livre de Consumismo dos Estados Unidos, Susan Linn; e do membro do Comitê dos Direitos da Criança da ONU no Brasil, Wanderlino Nogueira.
"A publicidade e o marketing são fatores da obesidade infantil, da sexualidade precoce, da violência e do estresse familiar. A publicidade promove não apenas produtos, mas valores. Temos a noção falsa de que aquilo que compramos trará felicidade", advertiu Susan Linn.
De acordo com a especialista, até cerca de nove anos, as crianças não conseguem entender que a propaganda tem a intenção de provocar atitudes. Em crianças mais novas, o risco é ainda maior. "Nelas, estão sendo formadas as conexões cerebrais com base no que experimentam. E as empresas de mídia estão tentando alcançar bebês", detalha. Nos Estados Unidos, 64% das crianças entre um e dois anos passam, em média, duas horas por dia em frente à TV. Há brinquedos à venda para essa faixa etária que vêm com um tablet, por exemplo. "É por meio das telas que o marketing alcança as crianças. Estão criando um mundo em que elas se sentirão entediadas e infelizes ao menos que estejam diante de uma tela", constata.
Saúde em risco
A maior ingestão de produtos industrializados tem gerado um problema que afeta milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo – a obesidade. No Peru, 15% das