trabalho de geografia
A redistribuição de chuvas devido à mudança climática pode deixar mais secas as regiões da Amazônia, do oeste dos Estados Unidos e do Oriente Médio, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (23) pela revista Proceedings, da National Academy of Sciences.
À medida que a atividade humana segue contribuindo ao aquecimento global, a mudança rumo ao norte das rajadas de vento e chuva na Terra também poderia aumentar as precipitações na África equatorial e nas regiões de monção na Ásia, acrescentou o estudo da Universidade de Colúmbia.
Os pesquisadores sustentam sua previsão no aquecimento global que se seguiu à última era glacial há 15 mil anos, quando o oceano Atlântico Norte começou a movimentar-se com mais vigor e derreteu o mar Ártico gelado, gerando um contraste de temperaturas com o hemisfério sul, onde as geleiras se expandiram ao redor da Antártida.
Segundo o artigo, a diferença de temperaturas entre os pólos aparentemente empurrou para o norte a faixa de chuvas tropicais e os ventos nas latitudes médias, redistribuindo a água em dois grupos ao redor do planeta.
Agora, o gelo do Ártico está, outra vez, em retirada e o hemisfério norte se aquece mais rápido que o sul. “Se as mudanças que ocorreram durante a deglaciação ocorressem agora, isso teria um impacto enorme”, declarou o autor principal do estudo, Wallace Broecker, cientista do clima no Observatório Terrestre Lamont Doherty.
Broecker e seu colaborador, Aaron Putnam, acreditam que as rajadas de chuva e vento se transferiram ao norte entre 14,6 mil e 12,7 mil anos atrás.
Na beira sul da faixa tropical de chuvas, o grande lago antigo Tauca nos Andes bolivianos quase se secou, os rios do leste do Brasil transformaram-se em riachos, e as estalagmites alimentadas pelas chuvas na mesma região deixaram de crescer.
No passado, as mudanças no manto de gelo sobre os oceanos causaram a diferença de temperaturas entre os dois hemisférios, enquanto que