Trabalho de Física
Lesões traumato-ortopédicas nos atletas paraolímpicos
Roberto Vital1, Hésojy Gley Pereira Vital da Silva1, Ronnie Peterson Andrade de Sousa1,
Renata Bezerra do Nascimento1, Edílson Alves Rocha1, Henio Ferreira de Miranda2,
Maria Irany Knackfuss3 e José Fernandes Filho4
RESUMO
Nos últimos anos, o desenvolvimento do esporte paraolímpico nacional e internacional tem estimulado maior participação dos portadores de deficiência em atividades desportivas, exigindo dos atletas incremento na intensidade e freqüência nos treinamentos e competições, o que impulsiona, ainda mais, os índices de lesões traumato-ortopédicas. Objetivou-se neste estudo de caráter descritivo-analítico verificar a prevalência de lesões traumato-ortopédicas em 82 atletas paraolímpicos selecionados de forma não probabilística intencional pertencentes às modalidades: natação
= 37; tênis de mesa = 19; atletismo = 19; halterofilismo = 7, sendo 60 do sexo masculino e 22 do feminino, na faixa etária de 15 a
51 anos, participantes dos campeonatos mundiais nas referidas modalidades esportivas no ano de 2002. Utilizando-se como instrumento o prontuário médico do Departamento Médico do Comitê Paraolímpico Brasileiro preenchidos nesses eventos (técnica da observação através da história clínica – esportiva do atleta/anamnese (entrevistas com os atletas) e exame físico), os resultados revelaram prevalência de lesões nos atletas de atletismo (MMII =
64,9%, coluna = 19,3% e MMSS = 15,8%); halterofilismo (coluna
= 54,5%, MMSS = 36,4% e MMII = 9,1%); natação (MMSS =
44,4%, coluna = 38,9 e MMII = 16,7%) e tênis de mesa (MMSS =
56%, coluna = 36% e MMII = 8%). Tais resultados nos permitem concluir que a prática esportiva de atletas paraolímpicos, pela intensidade de esforços na tentativa de superação, provoca lesões dessa natureza, o que recomenda diagnóstico e tratamento precoces, além de fortalecer as medidas preventivas dos atletas.
ABSTRACT
Orthopaedic trauma injuries in