Trabalho de fusão nuclear
As origens da investigação em fusão remontam aos estudos sobre a estrutura atômica e ao desejo de compreender a fonte de energia das estrelas. No final dos anos XX, Atkinson e Houtermans sugeriram que a radiação solar poderia ter como origem reações termonuclear, e uma década mais tarde foi postulado o ciclo de fusão nuclear para a produção de energia no Sol. Em 1932 Rutherford, Walton e Cockroft detectaram a captura de um proton pelo Litio 7, decompondo-se em duas partículas alfa e libertando energia.
Walton e Cockcraft ladeando Rutherford em 1934.
Dois anos mais tarde, Rutherford, Oliphant e Harteck conseguiram efetuar a fusão de dois deuterons que se transformam em hélio 3 e um neutron, ou em trítio e um proton (libertando-se energia em qualquer das reações).
A investigação em fusão nos Estados Unidos e na URSS teve as suas raízes na pesquisa militar sobre energia atómica efetuada durante e após a segunda guerra mundial.
A afirmação do presidente argentino Juan Peron em 1951, sobre a posse de uma instalação nuclear operacional, foi a causa próxima dos trabalhos desenvolvidos pelo astrofísico Lyman Spitzer em Princeton.
Em 1951, os físicos soviéticos Andrei Sakharov e Igor Tamm conceberam o que mais tarde foi designado por Tokamak (toroidalnya kamera magnetnaya katushka).
No Reino Unido, a maior parte da investigação era efetuada em Harwell onde o dispositivo ZETA foi notícia dos jornais no início de 1958, quando os físicos britânicos anunciaram a produção de neutrons de fusão, uma afirmação que em seguida foi retirada.
Todos os trabalhos de investigação se mantiveram classificados até à Conferência "Átomos para a Paz" que decorreu em Genebra, em 1958, onde as trocas de informação mostraram claramente que era necessário um conhecimento mais aprofundado do comportamento do plasma. Seguiu-se um aumento da investigação fundamental durante os anos 60.
Em 1968, o tokamak T3 de Kurchatov, na Rússia, permitiu um avanço decisivo e os estudos de