trabalho de filosofia

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
CAMPUS PROFESSOR FRANCISCO GONÇALVES QUILES - CACOAL
DEPARTAMENTO DO CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: Filosofia
DOSCENTE: Afonso Chagas
ACADEMICO(A): Camila de Araújo Vieira de Pinho

Breve reflexão crítica filosófica sobre o filme O Senhor das Moscas, baseado no livro de William Golding.

A primeira impressão sobre o filme O Senhor das Moscas nos remete a selvageria da qual o homem se submete com a perda de referências de uma sociedade “civilizada” perante a angústia de se estar isolado em local desconhecido e sem mecanismos criados pelo próprio homem para facilitar a sua sobrevivência e convívio em sociedade.

Essa breve impressão nos remete filosofia de Thomas Hobbes do Estado de Natureza em que o homem destituído de qualquer apelo moral, a justiça, entre outras faculdades humanas, passa agir em beneficio unicamente próprio, levando os seus atos ao mais puro egoismo e amoralidade possíveis, para manter a sua sobrevivência diante as circunstancias do meio em que se encontra.

Apesar de ainda serem crianças, os personagens do livro não estão livres de agirem dessa maneira, toda a educação e requinte dos quais foram expostos em sua vida anterior ao acidente desaparecem por conta do medo do desconhecido e da necessidade da sobrevivência.

Entretanto, apesar de todos buscarem um mesmo objetivo, a liderança criada por elas no início de sua tragédia, pautada na figura do líder Ralph recebe um duro golpe de Jack, demonstrando os primeiros sinais do Estado de Natureza, teorizado por Hobbes, em um membro do grupo. Ao sentir que estão livres das regras sociais e possíveis punições pela quebra das mesmas, aos poucos, os demais garotos se juntam a Jack em seu subgrupo e viram as costas aos últimos resquícios de uma vida pautada em princípios de um Estado organizado e estruturado na figura de um Líder Soberano e em um pacto social.

Pela ótica do pensamento de Hobbes, não existe um vilão ou um mocinho na história de William Golding,