Conceito – Segundo uma opinião corrente, os conceitos são os elementos últimos de todos os pensamentos. Nesta caracterização está implícita uma radical distinção entre o conceito entendido como uma entidade lógica e o conceito tal como é apreendido no decurso dos atos psicológicos. A doutrina do conceito é, neste caso, unicamente uma parte da lógica e nada tem a ver com a psicologia. O conceito destingue-se assim da imagem, bem como do fato da sua possibilidade ou impossibilidade de representação. Por outro lado, devem distinguir-se entre o conceito, a palavra e o objeto. Se os conceitos podem ser os conteúdos significativos de determinadas palavras, essas palavras não são os conceitos, mas unicamente os signos, os símbolos das significações. Com efeito, há ou pode haver conceitos sem que existam as palavras correspondentes, bem como palavras ou frases sem sentido, que carecem das correspondentes significações. O conceito destingue-se também do objeto: se é verdade que todo o conceito se refere a um objeto num sentido mais geral deste vocábulo, o conceito não é objeto, nem se quer o reproduz, mas é simplesmente o seu correlato intencional. Os objetos as que os conceitos se podem referir são todos os objetos, os reais, os ideais, os metafísicos, e os oxiológicos e, portanto, os próprios conceitos. Sendo todo o objeto, por conseguinte, um correlato intencional do conceito, deverá destinguir-se entre o objeto como é em si e o objeto como é determinado pelo conceito. Chama-se ao primeiro objeto material, isto é, objeto material do conceito, e, ao segundo objeto formal. Segundo a concepção anterior, a lógica trata predominantemente do objeto formal. Qualquer conceito tem compreensão ou conteúdo e extensão; a primeira já se definiu e é diferente da mera soma das notas do objeto; a segunda consiste nos objetos que o conceito compreende, nos objetos que caem sob o conceito. No que se referem à sua classificação, os conceitos dividem-se primeiramente, em objetivos e