Modelo de pap
(...) Existem, segundo Worsley (1970) citado por Alencar (2000), dois procedimentos diferentes por meio dos quais os princípios teóricos desenvolvidos pelas ciências sociais podem retornar à realidade que lhes deu origem:
i) pelo uso de modelos - estabelecimento de conexões (hipóteses) admitidamente simplificadas entre fenômenos, em termos dos princípios teóricos abstratos empregados pelos cientistas sociais; ii) pelo estudo de caso - exame de um conjunto de ações em desenvolvimento, mostrando como os princípios teóricos se manifestam nessas ações.
Um estudo de caso pode com vantagem apoiar-se numa orientação teórica bem definida. Além disso, pode seguir uma de duas perspectivas essenciais: (a) uma perspectiva interpretativa, que procura compreender como é o mundo do ponto de vista dos participantes e (b) uma perspectiva pragmática, cuja intenção fundamental é simplesmente proporcionar uma perspectiva global, tanto quanto possível completa e coerente, do objeto de estudo do ponto de vista do investigador. Mas um estudo de caso produz sempre um conhecimento de tipo particularístico, em que, como diz Erickson (1986) se procura encontrar algo de muito universal no mais particular. O uso do estudo de caso em pesquisa tem sido apresentado de varias formas, porém a definição de Yin (1990) parece ser a mais adequada. O estudo de casos é uma forma de se fazer pesquisa social empírica ao investigar-se um fenômeno atual dentro de seu contexto de vida real, onde as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas e na situação em que múltiplas fontes de evidências são usadas.
(...) Um estudo de caso é uma investigação de natureza empírica. Baseia-se fortemente no trabalho de campo. Estuda uma dada entidade no seu contexto real, tirando todo o partido possível de fontes múltiplas de evidência como entrevistas, observações, documentos e artefatos (Yin 1984). Apesar da importância da sua base empírica, os