Relação de custo x benefícios dos legados da Copa do Mundo no Brasil O Brasil teve grandes benefícios a partir da Copa do Mundo, entre eles estão: ampliação dos setores de serviços, fluxo adicional de turistas no evento e pós-evento e exposição internacional do país. O fluxo turístico trará consigo uma entrada significativa de divisas direcionadas a varias áreas como: setores de hotelaria, transporte, comunicação, cultura, lazer e etc. Em tempos de protestos no Brasil, podemos analisar os investimentos referentes à Copa do Mundo em 2014. Sediar megaeventos esportivos é recomendável quando o país-sede apresenta pelo menos uma das três situações seguintes: já há um mínimo de instalações esportivas em quantidade e qualidade adequadas, é preciso acelerar investimentos em infraestrutura ou existe grande potencial não aproveitado quanto ao turismo internacional. Obviamente, o Brasil se encaixa nos dois últimos contextos. Receber as competições da Fifa e a Olimpíada de 2016 deve ser encarado a princípio como positivo, desde que os gastos sejam razoáveis e as oportunidades aproveitadas. Quanto aos recursos, três quartos dizem respeito a transporte urbano, aeroportos, portos, telecomunicações, segurança e turismo, itens de primeira necessidade. Então, a análise do custo/benefício de recebermos a Copa deve se voltar especificamente aos gastos públicos com os 12 estádios, em cujas obras os municípios, estados e União participam com 90% dos recursos, por meio de financiamento, isenções fiscais e/ou investimento direto. Metade do montante se realiza com empréstimos do BNDES, com juros subsidiados. Somente o estádio de Brasília não pegou dinheiro desse banco. Considerando os últimos dois anos, quando ocorreu o aporte de recursos para as outras 11 arenas, suas obras respondem por apenas 1,2% dos desembolsos totais da instituição, que têm crescido muito, chegando a R$ 156 bilhões em 2012. Portanto, se o objetivo é avaliar o modelo de prioridades de investimento do