Trabalho De Economia
SEMINÁRIO DE ECONOMIA
JUROS, CÂMBIO E O SISTEMA DE METAS DO BRASIL
GRUPO:
CARLOS SODRÉ
JORGE BEZERRA
RAFAEL BRITO
INRODUÇÂO
A maioria dos defensores e críticos do Sistema de Metas de Inflação brasileiro acredita que este é operado da forma descrita pelo modelo do “novo consenso” ou “nova síntese neoclássica” de autores como J. Taylor, Blinder e P. Romer (Romer, 2000). Neste artigo, eu gostaria de expor minha visão sobre como funciona de fato o sistema e quais são os dilemas de política econômica que surgirão se a economia brasileira for retomar uma trajetória de desenvolvimento sustentado, com taxas de crescimento elevadas, maior inclusão social e redução das desigualdades.
A visão consensual
Pode ser sintetizada em três proposições:
1. O núcleo ou tendência da inflação é resultado de choques de demanda;
2. A taxa de juros é operada com o objetivo de controlar a demanda agregada;
3. Alguma variação na taxa de câmbio ocorre como um efeito colateral das mudanças na taxa de juros;
E deve ser sustentadas por quatro pressupostos fundamentais para que seja possível:
1. O hiato do produto (e/ou do emprego) afeta a inflação de forma sistemática;
2. Os choques inflacionários têm persistência total, isto é, os coeficientes de inércia e de expectativas inflacionárias, somados, se igualam à unidade;
3. O produto potencial é independente da evolução da demanda;
4. Os choques de custo são aleatórios, causados, por exemplo, por safras agrícolas abundantes ou excepcionalmente fracas;
Estes pressupostos não se sustentam no período de 1999 até os dias atuais. Motivos:
1. Não se observa uma relação empírica sistemática entre o hiato do produto e a aceleração da inflação. Não se observa significância com a curva de Phillips (gráfico 1). Inclusive para reforçar tal argumento uma estimativa do Banco Central mostra uma aceleração da inflação com o aumento do desemprego no período entre 1996 e 2006;
GRÁFICO 1 – CURVA DE PHILLIPS