Trabalho de economia de Mocambique
BREVE RESUMO HISTÓRICO
Antecedentes (antes dos finais do século XX).
A efectiva presença portuguesa em Moçambique, regista – se nos meados do século XX, na Ilha de Moçambique, Sofala, e Angoche, estando Tete e Sena ao longo do rio Zambeze como principais centros comerciais. Os portugueses tinham como objectivo o comércio do ouro e marfim principalmente no território de Monomotapa que abrangia a província de Manica, e o norte em aliança com os Ajauas.
As tentativas de ocupação do território após o início do século XVI através do sistema de prazos da coroa nas actuais províncias da Zambézia, Sofala, e Tete vigoraram até 1930. Os prazos eram extensões de terra concedidas para o povoamento por parte dos portugueses Europeus, que se aventuravam a procura das riquezas de ouro. O prazo era uma categoria jurídica em que a sua essência não tem nada a ver com as relações de produção e nem com as relações sociais. Os prazos eram uma forma de um direito sobre a terra em um contrato perpétuo transmissível para os herdeiros, como já era costume nas ordenações antigas, feitas pelo rei, ou através de capitães ou governadores gerais ou governadores subalternos. A terra era concedida a pessoa do sexo feminino de origem europeia, casada com um colono europeu com obrigação de o casal residir nela e cultivar.
A penetração interna pelos colonos tornou – se difícil devido a factores como a resistência dos povos, doenças e condições assistenciais. A partir da aliança com o monomotapa, a presença portuguesa intensifica – se na medida em que os portugueses conseguem autorização para explorar as minas de ouro, em troca do apoio contra os inimigos internos do império. Face a dificuldade de mobilizar portugueses de Portugal para o objectivo, devido a fraca prática da agricultura, fraca obtenção do ouro, Portugal recorreu aos habitantes das colónias indianas (goeses) para a ocupação do território. Os prazos intensificaram – se no século XVII e vigoraram até ao século XIX,