Trabalho De Cultura Contemporânea Brasileira
Parte 1
O narrador, que é uma mulher, recebeu, um dia antes do Natal, um pinto. Quem deu foi a sua vizinha, que sumiu sem explicações. Porém, lembrou-se de Ofélia, a filha de oito anos dessa família que não aceitava nenhuma intimidade. Ao passar do tempo, Ofélia começou a visitar a narradora diariamente e quando ouviu o piar do pinto, pediu para vê-lo e pegá-lo. No momento em que pegou o pinto, deixou de mostrar a sua maturidade e se tornou uma criança brincando com o pintinho. Depois o largou na cozinha, se despediu e retornou a sua casa. A narradora, seguindo sua intuição, logo depois que a menina saiu, foi à cozinha e encontrou o animal morto. “Como na Páscoa nos é prometido, em dezembro ele volta. Ofélia é que não voltou: cresceu. Foi ser a princesa hindu por quem no deserto sua tribo esperava”. Então, a partir dessa frase, percebemos que quando a narradora estava começando a se relacionar de um modo intenso com a menina, quando ela parou de se importar consigo mesma e só se importava com a menina, a vizinha foi embora e nunca mais voltou.
O narrador desse conto é em primeira pessoa protagonista, porque ao ler esse trecho “Estou tentando falar sobre aquela família que sumiu há anos sem deixar traços em mim, e de quem me ficara apenas uma imagem esverdeada pela distância. Meu inesperado consentimento em saber foi hoje provocado pelo fato de ter aparecido em casa um pinto” conseguimos perceber que o conflito da história aconteceu na casa do narrador e está em primeira pessoa. Também desempenha as funções de atestar a veracidade dos fatos e/ou ideológico, como podemos comprovar nesse trecho: “(…) Que sentisse que era gratuito, nem sequer necessário – Deus, então fosse a alegria dos homens. Mas era amar o nosso amor querer que o pinto fosse feliz somente porque o amávamos. Eu sabia também que só mãe resolve o nascimento, e o nosso era amor de quem se compraz em amar: eu me revolvia na graça de me ser dado amar,