Trabalho de antropologia geral i
Torna-se pois imperativo, definirmos “Sociedade” de forma a obtermos uma ferramenta inteligível e consciente, permitindo uma melhor abordagem às premissas deste estudo. Neste sentido, entendemos Sociedade como um conjunto de indivíduos, mais ou menos alargado, que vivem numa comunidade em que partilham os mesmos gostos, valores, costumes, podem ter em comum objetivos ou semelhanças étnicas, culturais, políticas e/ou religiosas, ou seja, podem fazer parte de vários grupos, sociais, informais, domésticos e primários ou elementares.
Neste texto, o autor Claude Lévi-Strauss, menciona a importância do estudo do processo cultural histórico de uma sociedade, facto social que nos parece basilar, numa época sem escrita, em que o antropólogo deve cobrir o maior campo de conhecimentos possível, para conseguir estudá-la. Já a sociedade de língua escrita, incide no caso das sociedades ocidentais, em que existe uma troca de influência entre a Antropologia e uma amálgama de outras áreas, como a geografia, arqueologia, entre outras.
Este estudo é fundamental para o conhecimento do homem, incluindo as suas condições, as suas obras coletivas e o próprio espírito humano. Esta ligação ao referido denominador comum pretende distinguir as sociedades exóticas das contemporâneas.
Inicialmente, a Antropologia ficou conhecida como a ciência que estudava as sociedades primitivas, por se considerar, um povo diferente e com características muito próprias, chegando à conclusão que eram tidas como superstições, ou como ideias preconcebidas que se traduziriam em reais preconceitos, uma vez que consideravam todas as outras, mas principalmente a sociedade europeia, como sendo a verdadeira civilização, ou seja, é neste contexto que se afirma o etnocentrismo. Contudo, com o evoluir dos tempos, da própria ciência e com a pesquisa etnológica, concluiu-se que afinal esses povos menos desenvolvidos,