Trabalho Cancer De Mama 3
3.1 Formação e Desenvolvimento do Carcinoma de Mama
O Carcinoma de mama inicia-se em células da unidade ductulo – lobular da mama, provavelmente em células tronco tumorigênicas. A partir da origem unicelular desenvolve um clone alterado, com potencial de agressividade e evolução geneticamente determinado, ao qual se contrapõe a defesa natural do organismo hospedeiro. Embora as células tronco do Epitélio Mamário ainda não tenham sido individualizadas, sabe-se de sua existência e reconhece-se seu papel no câncer mamário.
Tudo indica que as primeiras mutações que ocorrem nas células que vão formar câncer de mama, verificam-se em uma única célula tronco.
Segundo o modelo atual de carcinogênese, denominado hierárquico, a célula tronco geneticamente modificada pode evoluir para duas linhagens de células neoplásicas: uma de células epiteliais luminais, que expressam receptores estrogênicos, e outra de células basais mioepiteliais formando tumores basalóides (sem receptores estrogênicos) ou tumores mioepiteliais.
O modelo tradicional de carcinogênese, conhecido como estocástico, preconizava que a modificação genética inicial podia ocorrer em qualquer tipo de célula adulta, epitelial luminal ou basal.
A tumorigênese em humanos é um processo longo, complexo e sequencial, que demora anos ou décadas. Farber e Cameron, a partir de experimentos com indução de câncer em animais, propuseram a divisão da carcinogênese em três etapas: iniciação, promoção e progressão.
Esta divisão é racional e didática, ao criar compartimentos, como barreiras fisiológicas, que precisam ser ultrapassadas para evolução do tumor.
Na carcinogênese mamária o processo é unidirecional, e pode ser contínuo ou intermitente. Com tudo, a ocorrência dos eventos biomoleculares não funcionam perfeitamente com sistemas estanques, ou seja, pode existir momentos intersecção e simultaneidade entre as etapas da carcinogênese.
Figura 1
Células da unidade ducto-lobular da mama
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