Ca de mama
A análise histológica do câncer de mama é fundamental, servindo tanto para estabelecer o diagnóstico quanto para avaliar fatores prognósticos e preditivos. Essa análise é realizada por um médico especialista na área, o Patologista.
Há muitas diferenças entre os tumores de mama, isto é, não existe apenas um tipo de câncer de mama. Existem vários subtipos histológicos, sendo os tipos ductal e o lobular os mais freqüentes (com cerca de 40-75% e 5-15% dos casos, respectivamente – dados da Organização Mundial da Saúde2). Porém, mesmo dentro de um mesmo subtipo, as características diferem de um tumor para outro. As características prognósticas foram, com o trabalho de Ellis e colaboradores em 1991 3, padronizadas sob uma mesma classificação: o índice de Nottingham. Este leva em conta características como a quantidade de formação tubular (se o tumor tende a formar glândulas, como o tecido mamário normal, ou se não se diferencia, formando blocos celulares sólidos), a atipia do núcleo (o quanto ele parece diferente de uma célula normal) e o número de mitoses (mostra o quanto as células tumorais se replicam). A interpretação conjunta destes dados permite a classificação de um tumor em diferentes graus de diferenciação: bem (grau 1), intermediário (grau 2) ou pouco diferenciado (grau 3).
No ano 2000, foi publicado o trabalho de Perou e colaboradores 1 demonstrando que, na verdade, existem ainda mais diferenças entre os tumores de mama. Isto é, mesmo dentro dos tipos histológicos mais comuns, e dos carcinomas com um mesmo grau de diferenciação (grau histológico), há tumores com enormes diferenças comportamentais, isto é, desde tumores mais indolentes até os com rápido crescimento e progressão. Como exemplos nestes subgrupos, podemos citar os subtipos Luminais, HER2 e Triplo Negativos.
Desde então, uma enorme quantidade de recursos vêm sendo investidos no melhor conhecimento dos diferentes tumores. A cada descoberta, as