trabalho ava
MÉTODOS: Foram analisados os óbitos de adultos (35 a 64 anos), ocorridos entre
1999 a 2001, por doenças cardiovasculares, e pelos subgrupos das doenças isquêmicas do coração e doenças cerebrovasculares-hipertensivas, obtidos no Sistema de
Informação sobre Mortalidade. Foram selecionados para análise 98 municípios brasileiros, com melhor qualidade de informação. Para analisar a associação entre indicadores socioeconômicos e a mortalidade por doenças cardiovasculares, foi utilizada a regressão linear simples e múltipla.
RESULTADOS: Na análise uni variada, verificou-se associação negativa para a
Mortalidade por doenças cardiovasculares e o subgrupo das cerebrovasculares hipertensivas com renda e escolaridade, e associação direta com taxa de pobreza e condições precárias de moradia. Quanto às doenças isquêmicas, houve associação inversa com taxa de pobreza e escolaridade, e direta com condições precárias de
Moradia. A escolaridade, após ajuste pelo modelo de regressão linear múltipla,
Permaneceu associada à mortalidade pela doença investigada e seus subgrupos. A cada ponto percentual de aumento na proporção de adultos com alta escolaridade, a taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares diminui em 3,25 por 100.000 habitantes. CONCLUSÕES: A análise da mortalidade dos municípios mostrou que a associação entre doenças cardiovasculares e fatores socioeconômicos é inversa, destacando-se a escolaridade. É provável que melhor escolaridade possibilite melhores condições de vida e, conseqüentemente, impacto positivo na mortalidade precoce.
Hoje aqui, como na Europa há 150 anos, o grande desafio é a redução do excesso de adoecimento precoce entre adultos pobres. A tuberculose foi substituída pelas DCV como principal causa de morte. O esperado crescimento no número de casos de DCV precoce nos próximos 15-20