Trabalho artes
Feito de ossos... de carne. Coração que pulsa... mente que cria. Desfocasse da arbitraria condição mundana mas ainda sim respira, come e bebe. Nem toda sua dessemelhança lhe tira os padrões de ser humano. Carne que rasga , osso que quebra, coração que para, mente que enlouquece. É frágil. É destrutível. Só vem a morrer, morrer e morrer. Cronologicamente fadado , mortalmente determinado. Antes do cérebro putrefazer a mente cria, no chorume não há vestígios de ideias. As ideias permutam, vingam, agem. Sem ossos , carne ou coração. Vivem e deixam que morram em prol de sua existência. Matam! Morrem. Mas morrem por prazer, orgasmos de transgressão e estética. O reles cria o belo. O valor imortal provem das mãos cortantes humanas que estão sempre a fazer a troca do sangue e da existência perecível pela sublime transgressão.
Prefácio e fim
Revitalizado ameaça o sossego , a fim de desmembrar o imperador moderno. Determinado a estuprar aquele que pune a todos , assim por dizer, a maioria , a pária. Vê com os olhos da verdade e respira com o peito da escória social. O emaranhado de raiva e tristeza dos afanados que chama de coração , pulsa uma substância preta que inevitavelmente impregna seu corpo. Sabe que é fruto do poderoso e maculado mas tenta se emancipar. Por debaixo das unhas, os resquícios das ultimas batalhas travadas. Nas mão segura as vendas que mais pareciam correntes que prendiam-no ao comum. Adquire discípulos, traz a luz. Subitamente se perde! Sua sede, sua sina se tornam cada vez mais irrelevantes. Entra em declínio o tão eminente revolucionário. Mata seu ideal em troca de tudo que lutou para abolir. Se corrompe! O Dono do mundo sai vitorioso mais uma vez, sua hegemonia continua incontestável diante da subjetiva significância de nosso herói.
“Vida”
Vai e vem, o odor putrefaço.
Vai e vem, as cinzas vivas dos maculados.
Vai e vem, as ocas sensações dos mortos-vivos.
Vai e vem, as frustrações e