Trabalho Arquitetura

Rochaverá Corporate Towers
Aflalo & Gasperini e Purarquitetura

Vista do edifício no entardecer. Foto: Nelson Kon

As quatro torres desse complexo de escritórios, implantado em um terreno de 33.000 m2, chamam a atenção de quem passa pela Marginal Pinheiros, na capital paulista. A assimetria dá o tom ao conjunto e surpreende o olhar com desafiantes ângulos não ortogonais: as laterais das torres A e B têm inclinação de 9º. São 16 pavimentos tipo, e o lease span (distância da fachada e o núcleo central) varia entre 11,40 m (livres de colunas) e 21,30 m, na face inclinada do último andar. Além do efeito plástico, essa ousadia arquitetônica valoriza ainda mais os escritórios dos andares superiores.
O Estúdio de Arquitetos foi o escolhido pelo escritório Aflalo & Gasperini Arquitetos para desenvolver esse empreendimento de grande porte da Tishman Speyer.
O projeto, inovador, exigia excelência na coordenação, feita com o máximo refinamento estético e de precisão técnica. “Os desafios foram muitos: do lobby ao paisagismo, do revestimento com vidros translúcidos à realização dos itens de construção sustentável”, cita a arquiteta Fátima Moreira. “Tanto na criação como no desenvolvimento, tivemos total autonomia para fazer os ajustes necessários”, diz ela. As duas primeiras torres, A e B, foram entregues em 2008, e a torre D (a menor, mas não menos complexa) foi concluída em 2010. A torre C está em plena construção.

Encaixes perfeitos

Desde a concepção de Aflalo & Gasperini, o Rochaverá foi projetado para causar impacto visual, porém sem nenhum rebuscamento, garantindo a longevidade da edificação. Para conseguir esse efeito, as fachadas são compostas de dois elementos verticais distintos. Os menores são do tipo fachada-cortina, e os maiores receberam peitoris pré-fabricados de concreto com revestimento de granito. “Essa é uma solução mais ágil e limpa do que a parede de alvenaria, que exige assentamento