Psicologia
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OBJETIVOS
Abaixo estão selecionados alguns trechos extraídos da Reportagem “Quando o cérebro é o médico... e o monstro” de Anna Paula Buchalla e Paula Neiva, publicado pela Revista Veja em 28 de junho de 2006 na edição de número 1962.
A idéia da leitura deste texto é pensar a respeito da intrínseca relação entre a nossa mente e o nosso corpo, assim como o que somos capazes de “produzir” a seu favor ou contra ele.
LEITURA RECOMENDADA
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Já se sabe que pelo menos 150 doenças podem ser desencadeadas pelas aflições psicológicas de seus portadores: das alergias de pele à bulimia, da infertilidade ao infarto, do diabetes tipo 2 às disfunções glandulares (...). Explicar o peso dos conflitos íntimos na gênese e no tratamento dos mais diversos distúrbios representa um desafio. Desafio que, agora, une médicos e psicólogos, lados antes muito conflitantes.
O reconhecimento, por parte dos primeiros, de que desequilíbrios de ordem psíquica podem, sim, ter um impacto direto na saúde ampliou bastante o campo de investigação da medicina psicossomática, a disciplina que procura estabelecer uma relação de causa e efeito entre o q ue vai pela mente e pelo corpo.
O número de pessoas que sucumbem fisicamente às suas próprias emoções é enorme. De cada dez pacientes que procuram um médico pela primeira vez, três apresentam queixas inexplicáveis na aparência, sem nenhuma causa orgânica. Tais sintomas, esclarecem os psicólogos, surgem exatamente para chamar a atenção para o sofrimento psíquico. “Quando são apenas sinais, diz-se que o paciente está somatizando”, explica o psicanalista Roque Magno de Oliveira, professor da
Universidade de Brasília. O correto, então, é encaminhá -lo à psicoterapia e pronto. Mas pode ocorrer de esse processo de somatização, detectável durante uma consulta
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MENTE X CORPO: QUEM É MAIS FORTE?
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médica mais acurada, já ter causado males verificáveis por exames clínicos e