Trabalho analitico com argila
856 palavras
4 páginas
1. Introdução O uso de recursos artísticos com finalidades terapêuticas começou a ser incentivado por Carl Jung , o qual utilizou o recurso da arte aplicado à Psicopatologia, passando a trabalhar com o fazer artístico, em forma de atividade criativa e integradora da personalidade: "Arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é sensibilidade, criatividade, é vida" (Jung, 1920). Envolve a compreensão das imagens simbólicas de uma obra de arte. Este é um ponto fundamental que aparece quando falamos em criação artística na teoria junguiana. Para tal abordagem, existem dois diferentes processos na criação de uma obra: um destes processos estaria mais vinculado à intenção do artista, ao que ele deseja representar (esse tipo de arte é bastante acessível e de fácil compreensão), o outro, todavia, parece escapar ao próprio artista que o concebe. É como se, de súbito, fosse tomado por uma inspiração avassaladora, que o move a dar determinada forma a sua arte. O PIPA tem como objetivo não só o tratamento das crianças, mas é um trabalho preventivo, considerando que é um ambiente onde a criança pode crescer e evoluir como pessoa tendo contato com seu próprio eu. É um processo de auto-conhecimento. Através do método de associação livre, Jung chegou ao conceito dos ‘complexos afetivos’. Tal método, era realizado através de um conjunto de palavras indutoras que eram propostas ao analisando, solicitando que ele reagisse a cada uma delas, pronunciando a primeira palavra que lhe ocorria, que seria a palavra induzida. Jung se focou atentamente na reação que os sujeitos obtinham perante as palavras. Para ele, todas as perturbações indicariam que a palavra indutora havia atingido um conteúdo emocional, oculto no íntimo do analisando, no inconsciente. Esses conteúdos seriam complexos de idéias dotadas de forte carga afetiva – complexos afetivos. A reação contraditória vinha do fato de que o conteúdo seria