trabalho 1
LEITURA
Analisando o contexto educacional das últimas décadas, percebemos que muito tem se discutido a respeito da leitura e não só do papel que ela desempenha na vida do sujeito e do lugar que ela deve ocupar na escola, mas sobretudo acerca das mudanças diacrônicas do que tem sido o ato de ler. Em meio a tantas discussões no que tange às concepções de leitura, que influenciaram as práticas educacionais no Brasil, é que se faz necessário, neste primeiro capítulo, abordarmos quatro das concepções de leitura que vigoraram até à atualidade: leitura como decodificação, modelo construtivista de leitura, teoria cognitiva ou interativa de leitura e por fim, a teoria sociocognitiva.
1.1 As concepções teóricas do processo de leitura
Neste tópico apresentamos as principais perspectivas adotadas nos estudos sobre a leitura, o que implica considerar alguns primitivos teóricos, cujas concepções são cruciais para que se entenda cada teoria. Trata-se das noções de língua, texto e sujeito, sem as quais qualquer abordagem de leitura ficará incompleta. Desse modo, com base em Koch (2009), introduzimos esses conceitos durante a nossa explanação.
1.1.1 A leitura como decodificação
Durante muito tempo, acreditava-se que ler era decodificar, ou seja, capturar o sentido dos vocábulos em um texto impresso. Uma das primeiras concepções de leitura, a decodificação, defendia que as informações estavam contidas no texto e que eram sempre algo para ser aprendido. Assim, atribuía-se ao leitor um papel paciente de apenas encontrar um sentido sempre único que fora idealizado por um enunciador, e ser capaz de reproduzi-lo em voz alta. Neste modelo, ler é “interpretar símbolos gráficos, de maneira a compreendê-los, e a leitura constitui uma das cinco atividades filológicas básicas: pensar, falar, ouvir, escrever e ler” (PENTEADO, 1986, p. 185).
Ainda na visão desse autor, a leitura é um processo de interpretar o texto impresso e tem a finalidade de compreender esse