TRAB042
Bernardo Joaquim da Silva Guimarães, jornalista, romancista e poeta brasileiro nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, a 14 de agosto de 1825.
Realiza seus primeiros estudos em Ouro Preto (MG) e, posteriormente, segue para São Paulo, onde gradua-se em direito. Era amigo de Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa. Juiz municipal em Catalão, Estado de Goiás, não foi bem sucedido nesse cargo, pois delibera em certo momento,em absolver e dar liberdade a todos os presos da cidade, situação incompatível com sua condição de juiz. Mudou-se depois para Rio de Janeiro. Ali passou a dedicar-se à atividade literária na imprensa, como repórter e crítico literário.
Em Ouro Preto, onde torna-se professor de retórica e poética no Liceu Mineiro, e de latim e francês em Queluz. Seu casamento veio mudar-lhe os hábitos, acomodando-o e conduzindo-o a uma fase de produção literária bastante fecunda.
É o responsável pela introdução do regionalismo e do sertanismo na ficção brasileira. Sua obra poética revela traços do ultra-romantismo à maneira de Álvares de Azevedo, que foi seu contemporâneo e amigo na Faculdade de Direito. A obra de Bernardo Guimarães nos mostra uma narrativa pormenorizada e rica em detalhes que retratam a intensidade dos costumes, a vida social do sertanejo, além de também nos mostrar aspectos e formas da natureza rural. Bernardo Guimarães foi o iniciador do sertanismo na literatura brasileira, destacando-se nesse gênero as obras: O Ermitão de Muquém, Lendas e Romances, O Garimpeiro, A Escrava Isaura, A Ilha maldita, Rosaura, A Enjeitada, O Bandido do Rio das Mortes, O Seminarista, Histórias e Tradições, O Índio Afonso e Maurício ou Os Paulistas em São João Del Rey. Produziu para teatro dois trabalhos importantes: A voz do Pajé e Os Dois Recrutas. Faleceu em Ouro Preto, em 1884.