trab

A mobilização em favor da liberação da maconha para consumo e fins medicinais, teve início em 1998, encabeçada pelo ativista Dana Beal, no mês de maio. Desde então, o dia 7 foi estabelecido como a data mundial para as manifestações favoráveis so uso da droga.

A partir da década de 1980, apoiada por artistas e políticos liberais, a legalização da maconha se tornou uma bandeira levantada em muitas partes do planeta. Aqui no Brasil, além do emblemático Fernando Gabeira, que tentou implementar o cultivo do cânhamo para fins industriais, recentemente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se mostrou a favor da descriminalização da posse de pequenas quantidades para uso pessoal. Segundo o que ele mesmo afirma, a repressão apenas aumenta a violência e o consumo, por isso, a liberação deveria ocorrer, mas a par da criação de mecanismos que desestimulassem o uso das drogas.

Em paralelo e em meio às mais diversas opiniões, a Marcha da Maconha também começou a ganhar força e adeptos, fato que vem gerando polêmicas com razões próprias, porém, que dependem do ponto de vista pelo qual ela é observada. De qualquer forma, hoje, há 210 milhões de usuários de drogas ilícitas no mundo. Desse total, 80% usam maconha que, se regularizada, reduziria esse número para somente 45 milhões de seres que usufruem drogas pesadas - como heroína, cocaína e crack. Apesar de expressivo, esse montante também poderia ser amortizado para 10 milhões que, conforme especialistas, são considerados usuários problemáticos. Logo, com a legalização haveria uma redução drástica de usuários e, em consequência, tudo seria simplificado. Será?

Não, tanto que em 2010, Bo Mathiasen, representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), já dizia que só a descriminalização não resolvia nenhum dos problemas graves ligados a drogas, pois a força do crime organizado não existe em função delas. Essa mesma opinião é compartilhada pelo jornalista Denis Russo que