Trab.
Os conflitos pela posse e propriedade da terra, presentes em todas as regiões brasileiras, são marcados por inúmeros atos violentos, o que significa uma ação generalizada contra as formas de luta pela terra das populações rurais brasileiras.
No período entre 1988 e 1998, manteve-se elevado o número de conflitos no campo, envolvendo conflitos de terra, ocorrência de trabalho escravo, conflitos trabalhistas e outros tipos de conflitos. A realidade brasileira apresenta uma ampla conflitualidade e um aumento da violência nos espaços sociais agrários por causa da divisão desigual de terras, nos quais também existem fortes violações de direitos humanos. No período da Nova República, manteve-se elevado o número de conflitos no campo, envolvendo conflitos de terra.
Em meados do século XX houve uma redução na concentração fundiária e uma valorização da terra. O café que já dava sinais de desvalorização durante a Primeira Guerra Mundial entrou em crise a partir da queda da bolsa de NY em 1929. A posse de terras deixou de significar poder. Com o excesso de capitais do café, agricultores passaram a investir em atividades urbano-industriais.
Ao mesmo tempo houve um aumento do valor de uso da terra gerando maior produtividade em terras de pequeno e médio porte. No sul do país, em especial, ocorreu uma modernização agrícola do modelo familiar.
Em 1963 existia uma necessidade de reforma agrária principalmente nas regiões Norte e Nordeste que sofriam mais com a concentração fundiária (por isso a maioria dos conflitos ocorria nessas regiões). Surge à idéia de terras devolutas, partes de latifúndios improdutivos, que seriam distribuídas para pessoas pobres.
Mas as idéias da reforma não aconteceram. Com o golpe militar, as idéias de reforma foram retrabalhadas. A reforma agrária foi feita na fronteira agrícola do Centro Oeste visando mais ocupação do que propriamente uma vida melhor para os assentados. O solo ruim necessitava de muito dinheiro para