toyotismo
Uma segunda forma importante de gestão do trabalho no século XX é o chamado Fordismo. Na verdade, no entanto, a lógica anterior de produção em massa e de alienação do trabalhador seguia de forma bastante semelhante. Henry Ford, dono de uma montadora de automóveis, se encanta com as máximas publicadas por Taylor em seus Princípios de Organização Científica do Trabalho. Some-se a isso o contato que ele teve com um avanço que já estava sendo utilizado na indústria têxtil do período, a esteira. Por isso alguns comentadores vão afirmar que a partir principalmente de 1914 Ford implementa em suas empresas o que se denomina de mecanização do Taylorismo, com a mesma lógica de fragmentação extrema do processo produtivo, utilizando, contudo, a esteira como um elemento de controle e de fixação.
De acordo com Thomas Gounet, em sua obra Fordismo e toyotismo na civilização do automóvel, Ford aplica seu modelo de produção amparado em alguns princípios básicos, sobre os quais procederemos aqui uma breve análise. Em primeiro lugar, para responder a um consumo amplo, o fordismo aposta na produção em massa, única maneira plausível para a redução de custos de produção e, consequentemente, de preço do automóvel. Um outro elemento a ser ressaltado é o parcelamento das tarefas que, como já foi dito acima, foi realizada assumidamente com a utilização das orientações dos escritos de Taylor.
No taylorismo o trabalho de cada um é regulado, mas a conexão entre as diversas tarefas ainda não é. Entra em ação, assim, a esteira, que faz a ligação entre as partes isoladas do processo efetuadas por cada operário. Para uma padronização tal do processo, uma medida deveria ser tomada, naquele período, inevitavelmente: a compra das fábricas das peças – que deveriam ser também padronizadas – para os automóveis. Desse modo, segundo Gounet, é a primeira vez que o “empresário se atira à integração vertical, ou seja, ao controle direto de um