Toxinas Bacterianas

747 palavras 3 páginas
Toxinas Bacterianas: mecanismos de ação

Muitas bactérias utilizam as toxinas por elas elaboradas como fatores primários de virulência. Por isto as toxinas são definidas como substâncias solúveis, usualmente de natureza protéica, que alteram o metabolismo normal da célula ou tecido hospedeiro com efeitos deletérios nos mesmos.
Exemplos clássicos destas toxinas e das patologias delas decorrentes são a difteria por Corynebacterium diphtheriae, a tosse comprida por Bordetella pertussis, a cólera por Vibrio cholera, o antrax por Bacillus anthracis, o botulismo por Clostridium botulinum, o tétano por Clostridium tetani e a diarréia sanguinolenta e a síndrome urêmica hemolítica por Escherichia coli enterohemorrágica. Cada toxina tem um mecanismo peculiar de ação tal como a danificação da membrana plasmática das células (ex., a formação de poros pela aerolisina de Aeromonas hydrophila), a inibição da biossíntese protéica basal da célula-alvo (ex., a exotoxina A de Pseudomonas aeruginosa), a ativação de vias metabólicas para segundo mensageiros (ex., fator edematoso de Bacillus antracis), a inibição da liberação de neurotransmissores, a ativação do sistema imunológico do hospedeiro (ex., as exotoxinas pirogênicas de Streptococcus pyogenes) e a proteólise ou dissolução do esqueleto protéico do hospedeiro (e.x., metaloproteases de Clostridia). Sabido o efeito maléfico de uma toxina nativa, pode-se alterar a estrutura molecular da mesma (e.g., tratamento com formol) para produzir o respectivo toxóide ou toxina inativa que tem ampla aplicação como vacina, obtendo-se então um impacto positivo na saúde pública. A alfa-toxina de Staphylococcus aureus resulta da reunião de 7 unidades protoméricas de pequeno peso molecular (33 Kdaltons cada) que geram uma arquitetura molecular com um formato de cogumelo por cujo eixo interior oco passam a transitar livremente cátions (K+) e ânions (Cl-), permissividade esta não vista numa célula normal. O “chapéu do cogumelo” ocupa a face

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