Toxicologia da maconha
Introdução
Características botânicas:
• Família: Cannabinaceae
• Gênero: Cannabis
• Espécies: C. sativa, C. indica e C. ruderallis
THC (∆-9 tetrahydrocannabinol) é a principal substância ativa encontrada na planta, sendo seus derivados denominados canabinóides.
O efeito da maconha é modulado pela quantidade de THC que é consumido, gênero do usuário, predisposição genética, aspectos físicos, dentre outros.
O teor de THC contido na planta varia de acordo com solo, clima, estação do ano, tempo entre colheita e uso e época de colheita. In natura, 95% dos canabióides encontram-se sob a forma de ácidos carboxílicos (posição 2 e 4), sendo farmacologicamente INATIVOS.
Sofrem descarboxilação para formar o Δ-9-THC, principalmente por ressecamento, estocagem e pirólise. Mecanismo de ação
Receptores CB-1 essencialmente presentes no SNC:
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Núcleos de base/cerebelo -> controle motor;
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Hipocampo -> aprendizagem e memória;
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Núcleo accumbes -> prazer.
Receptores CB-2 presente em células do sistema imunológico (linfócito B e T, monócitos, neutrófilos)
Mecanismo de ação
Ação nos receptores:
Ativação do CB1 inibe a adenilato ciclase e os canais de Ca+2 e ativa canais de K+ inibindo a transmissão sináptica.
Os mecanismos do efeito eufórico e produtores de dependência são pouco conhecidos. Mecanismo de ação
Toxicocinética
Vias de administração:
Via pulmonar:
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Rápida absorção do Δ-9-THC;
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Dependente da dinâmica do ato de fumar;
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Início do efeito em poucos minutos.
Via oral:
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Lenta e irregular;
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Parte do Δ-9-THC é degradada no estômago;
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Início dos efeitos 30-60 minutos.
Distribuição:
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Afinidade pelo tecido adiposo;
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Quase 100% está ligado a proteína plasmática. Toxicocinética
Biotransformação:
Toxicodinâmica
Vários fatores influenciam os efeitos da maconha: Euforia