Tortura Em Dez Li Es

Gustavo Bueno Pacheco 11069910
Tortura em Dez Lições
Martha K. Huggins, ao tratar dessa temática por parte da criminologia segundo sua visão busca num primeiro instante, logo no iniciar do texto, a explicitar o “esqueleto”, a estrutura na qual os métodos de tortura se apoiam para se perpetuar, logo após falando sobre o abandono da temática por parte da criminologia, bem como a mesma pode passar a estudá-la.
Essa estrutura apoiada em dez condições básicas para a perpetuação da tortura é segundo a própria autora fruto da “guerra ao terror” promovida pelos Estados Unidos e alguns países “democráticos”, sendo estes métodos amplamente utilizados nos famigeradas Guantânamo, Abu Ghraib e outros centros de dentenção.
Essa estrutura é formada segundo ela pelos seguintes fatores: Denominação enganosa ( a atribuição de eufemismos ou ocultação da prática de “tortura”), ideologia (Tortura sendo meio de se manter a “segurança nacional”). Legalismo ad hoc (falhas nas legislações nacionais e internacionais que permitem estas práticas, Sistêmicas (tortura é perpetuada, sendo parte de um amplo sistema, não sendo fruto de ações individuais), Múltiplos atores (a tortura sistêmica é promovida por uma gama de atores de forma direta e indireta), Divisão do trabalho e diluição de responsabilidades (tortura é hierarquizada, sendo difícil a apuração e responsabilização dos envolvidos), Furor competitivo (tortura como fonte de obtenção de informação abre um mercado de alta competitividade de empresas privadas, principalmente do ramo de TI), Evidências ignoradas (geralmente as evidências são ignoradas para não por em xeque todo um sistema amplamente estruturado), Insularidade e segredo (tortura e prisioneiros torturados são mantidos como “fantasmas” em meio ao anonimato), e por fim a impunidade generalizada (onde ao não haver punição, a tortura torna-se sistêmica).
Por fim, a análise de Huggins se volta no quão relegada está a tortura nos estudos de criminologia, onde muitas vezes a tortura