Torta de mamona
Daniel Emygdio de Faria Filho 2, Adélio Nunes Dias3, Camila Ferreira Delfim Bueno 4, João Batista
Matos Júnior4 e Felipe Amorim Paes do Couto5
Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais / Montes Claros – MG.
1
Projeto financiado pelo CNPQ (processo 47331/2007-0)
Professor Adjunto, DSc. E-mail: fariafilho@ufmg.br
3
Bolsista de Iniciação Científica PROBIC/FAPEMIG
4
Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPQ
5
Bolsista de Extensão da Pró-Reitoria de Extensão/UFMG
2
O Governo Federal lançou em dezembro de 2004 o Programa Nacional de Produção e Uso de
Biodiesel, com o objetivo de implementar de forma sustentável, técnica e econômica a produção e o uso do biodiesel no Brasil (Ministério de Minas e Energia MME, 2005). A mamona (Ricinus communis L) é uma oleaginosa cujo óleo apresenta grande potencial para utilização na produção do biodiesel. A extração do óleo da mamona pode ser feita mecanicamente ou com a utilização de solventes, gerando a torta e o farelo de mamona respectivamente, sendo esses os dois principais subprodutos da extração do óleo de mamona para produção de biodiesel. A torta de mamona corresponde a aproximadamente 55% do peso da semente (Azevedo & Lima, 2001), gerando um rendimento de 550 kg de torta para cada tonelada de semente processada. Paulino et al. (2006) estimaram uma oferta de 240 mil toneladas de farelos e tortas de mamona entre os anos de 2008 a
2013, quando será obrigatória a inclusão de 2% de biodiesel no diesel convencional, conforme estabelecido pelo MME (2005).
A maior parte dos subprodutos da mamona tem sido utilizada como adubo uma vez que a mamona apresenta fatores tóxicos (ricina e ricinina) e fator alergênico (glicoproteínas CB-1A). A maior parte da toxidez da mamona é causada pela ricina e pesquisas atuais têm validado métodos de destoxificação da mamona (Anandan et al. 2005; Oliveira et al. 2006). Anandan et al. (2005)