Tomas de Aquino
Neste grupo encontram-se as definições de verdade agostiniana e aviceniana. Segundo Tomás:
…) A primeira definição assenta no que precede a noção de verdade e na qual se fundamenta o verdadeiro, e assim Agostinho define [Soliloquiorum II, 5]: “Verdadeiro é o que é”, e Avicena [Metaphysica VIII, 6]: “A verdade de qualquer coisa é a propriedade do ser que lhe foi assinalada”, e outras definições como: “O verdadeiro é a indivisão do ser e daquilo que é”.[1]
Neste grupo, a verdade é, por definição, encontrada na coisa, sem qualquer relação com o intelecto e sem nenhuma menção deste como parte constituinte da definição de verdade. Outro grupo de definições também negligencia a importância do intelecto como lugar próprio da verdade, ressaltando que a definição de verdade consiste no término do processo de conhecimento ou quando aquilo que é se mostra enquanto aquilo que é. Este segundo grupo é formado por duas definições agostinianas e uma de Hilário de Poitiers. Segundo Tomás, estes autores assumem o efeito da verdade e, assim, não apresentam, em suas definições, a relação de adequação estabelecida entre a coisa e o intelecto.
…) definição assenta no efeito conseqüente, e assim Hilário [De Trinitate V, 3] diz: ‘o verdadeiro é o declarativo e manifestativo do ser’, e Agostinho [De vera religione 36]: ‘A verdade é aquilo pelo qual se mostra o que é’, e no mesmo livro [36]: ‘A verdade é aquilo pelo qual julgamos as coisas inferiores’
O Mal
O mal é a ausência do bem, isto é, o mal não é substancial. Neste aspecto, S. Tomás de Aquino segue S. Agostinho na teoria da não-substancialidade do mal, em confronto com as ideias de Mani (maniqueísmo). Também esta ideia é-me agradável; o mal não é intrínseco ao ser humano senão na sua condição de ignorância ou ausência de sabedoria, da mesma forma que o mal é a ausência do bem.Tomás de Aquino existem duas espécies de “mal”: a “pena” e a “culpa”. A “pena” tem em Aquino um significado parecido no Budismo com o de