Tom s de Aquino e o poder pastoral
Tomás de Aquino e o poder pastoral
João Pedro Dias do Canto e Mello
Filosofia Social II
Prof. Thiago Sebastião Reis Contarato
Introdução: O objetivo deste trabalho é fazer uma leitura sócio-política do pensador São Tomás de Aquino, mais especificamente de sua obra “Do Reino ou do governo dos príncipes ao Rei de Chipre”. Usando prioritariamente a filosofia de Michel Foucault para esta análise a partir do texto “O Sujeito e o Poder” do autor. Claro que há uma grande distância entre os dois autores, tanto histórica como entre o foco de estudo. O que pode transparecer certa dificuldade em assimilar seus pensamentos. Porém, acredito que esta seja não apenas uma análise possível como necessária para o entendimento dos reflexos da obra de Tomás de Aquino na contemporaneidade. Como o tema da disciplina circula o âmbito social da filosofia, nada me pareceu mais concreto do que analisar esta que é a principal obra política de São Tomás. Onde o autor coloca seu posicionamento quanto à necessidade de uma organização social, política e teológica, além de propor uma forma de organizar a sociedade contemporânea a ele. Logicamente perpassando pela metafísica aristotélica cristianizada de Tomás de Aquino e como esta se insere na organicidade sócio-política através de uma influência da dualidade platônica, de um binarismo essencial entre a metaphísis e a phísis. Para isso é imprescindível colocar que a proposta original de Foucault ao tratar do poder pastoral, é a de descrever as técnicas de poder usadas pelo “Estado moderno”, no caso desta em específico, de perceber a herança que fora para o sistema político vigente. Entendendo que o conceito de poder para este filósofo é antagônico ao de Tomás de Aquino. Para o primeiro, o poder se dá em relações de poder dinâmicas que a todo o momento podem se alterar. Compreende que cada indivíduo emana uma força que se relacionará com as forças emanantes dos demais, construindo