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Brasileira
Caro aluno,
Nesta aula vamos fazer uma incursão pela história da educação brasileira, no caso, a era Vargas, que ocorreu no período de 1930 a 1937. Tentaremos entender como se deram os debates em torno da educação nacional. Não se pode perder de vista que este foi um momento de disputas por projetos educacionais que implicavam na possibilidade de modernização da sociedade.
Como você verificou nas aulas anteriores, a primeira República durou quarenta anos, isto é, de 1889 a 1930. Ela ficou conhecida entre nós como a época da política do
“café com leite”. Era um momento em que grupos de proprietários e homens influentes em Minas Gerais (coronéis do leite) e em São Paulo (barões do café) se alternavam no controle da presidência da República.
Esse acordo ruiu em 1930, criando a oportunidade de grupos gaúchos e outros ascenderem ao Poder, mas não por meio das eleições, e sim da Revolução de Outubro de 1930. Uma vez que o partido republicano foi acusado de fraude eleitoral, criou-se uma junta nacional chamada Aliança Liberal, depondo o presidente oficial Washington Luís e assumindo Getúlio Vargas o cargo de chefe do Governo Provisório, que durou 15 anos.
Para Boris Fausto, o movimento de 1930 envolvia tanto a nova burguesia industrial quanto os movimentos sociais da época, com interesses diferentes e um inimigo em comum: a velha oligarquia rural. Diz ainda que o fato ocorrido depois de 1930 foi uma troca da elite no poder sem grandes rupturas.
Conforme Ghiraldelli (1991), Vargas, em novembro de 1930, tornou público um plano de dezessete pontos para a “reconstrução nacional”. O item 3 do programa tratava da educação e previa: difusão intensiva do ensino público, principalmente técnicoprofissional, estabelecendo, para isso, um sistema de estímulo e colaboração direta com os Estados; para ambas finalidades, justificar-se-ia a criação de um Ministério da Instrução e Saúde
Pública, sem aumento de despesas.