HERBERT MARCUSE Herbert Marcuse, filósofo alemão, foi um dos adeptos a Escola de Frankfurt. Ele pautava suas ideias nas análises racionais, e preocupava-se com o avanço da tecnologia e como esse avanço reprimia a liberdade, assim como as novas formas de controle. Segundo Marcuse, o homem vive em uma sociedade artificial, e não é capaz de se impor em relação a tecnologia. O autor criticava a sociedade moderna ao afirmar que por meio da comunicação, cultura de massa, publicidade, administração de empresas e modos de pensamentos contemporâneos que criavam falsas necessidades para serem satisfeitas. Isso fazia com que a sociedade diminuísse suas criticas e oposição ao modelo de sistema vigente. Esse sistema também pode ser exemplificado pela forma com que os burgueses apropriam-se da força de trabalho dos operários e se utilizam da cultura e das novas formas de pensar para diminuir as a oposição ao regime. Na nova sociedade industrial, a máquina da mídia, juntamente com o "aparato tecnológico" impõe a uma racionalidade única em que se controla a consciência do indivíduo a fim de criar necessidades falsas por meio do consumismo. Os modelos de sistema que surgiam na época, segundo Marcuse, representavam uma maneira de apropriação da liberdade dos indivíduos, mesmo que de diferentes maneiras. Isso porque esses sistemas não proporcionavam a autonomia da sociedade pois impunham maneiras de pensamento pré determinadas que deviam ser seguidas a fim de manter o controle e o modelo proposto. O homem unidimensional é fruto dessa sociedade artificial: um ser acrítico, consumista e conformista. A cultura do sistema de massa aplica na mídia, nas propagandas, nas ideias, e nas tecnologias as formas de controle da engrenagem exercidas sobre o homem. Os indivíduos são manipulados pelo sistema, pois cria-se uma falsa satisfação que mesmo através do controle e da manipulação, o que os faziam acreditar que por meio do consumo e pela melhoria da qualidade de vida