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Durante anos, os estudos sobre imagem corporal foram realizados com mulheres, onde a insatisfação com a aparência esteve frequentemente vinculada a quadros de anorexia e bulimia nervosa de acordo com POPE, GRUBER, CHOI, OLIVARDIA e PHILLIPS (1997), no entanto, percebe-se nas últimas décadas que os homens tornaram-se cada vez mais preocupados com a aparência, conforme (GRIEVE 2007).
Ao contrário das mulheres que procuram tornarem-se magras, indivíduos do sexo masculino preocupam-se em se tornarem cada vez mais fortes e musculosos, este fenômeno parece ser uma resposta equivalente àquela feminina em se adequar ao padrão corporal ideal, descrito e apreciado socialmente
A dismorfia muscular, também denominada de vigorexia, é um subtipo do transtorno dismórfico corporal que ocorre principalmente em homens, que apesar da grande hipertrofia muscular, consideram-se pequenos e fracos
COHANE e POPE (2001) realizaram uma revisão sobre aspectos relacionados à imagem corporal em indivíduos do sexo masculino. Eles apontam que alterações de imagem corporal no sexo masculino, ao contrário do que se pensava, são quadros relativamente comuns e diferem do padrão de distorção tipicamente feminino. As mulheres apresentam níveis bem maiores de insatisfação do que os homens e descrevem sempre corpos mais magros como objetivo. No caso dos homens, há aqueles que seguem o padrão feminino, mas a maioria considera um corpo mais musculoso como representação da imagem corporal masculina ideal (ASSUNÇÃO, 2001).
Ao contrário dos pacientes com transtorno dismórfico corporal típico, os quais geralmente preocupam-se com partes específicas do corpo ( ex.: face, pele, cabelo ou nariz), pessoas com dismorfia muscular são preocupadas com a sua aparência como um todo; elas preocupam-se por não serem grandes e musculosas o suficiente suas vidas são consumidas por musculação e dietas. Segundo os autores, o transtorno pode causar estresse severo,