Todos contra o pett
Embalagem plástica entra na mira da indústria do aço e do vidro. E a CSN está atirando a valer
Por denise ramiro
Quando chegou ao País, em 1983, para atender o mercado de refrigerantes, as embalagens PET tiveram primeiro que enfrentar a desconfiança dos consumidores, receosos de que a novidade pudesse alterar o gosto do produto. Pura crendice. Depois vieram os ambientalistas, chiando em virtude da dificuldade de reciclar o material. Sem contar a tradicional indústria de embalagem, que colocou outros tantos defeitos temendo o novo concorrente. O PET passou por cima de tudo isso, conquistou outros nichos e tem hoje metade dos mercados de bebidas e de óleos comestíveis. Agora, pouco mais de uma década depois de ter desembarcado por aqui, o caçula do setor de embalagem enfrenta sua mais dura batalha: a guerra comercial com o aço e o vidro. Em jogo, um setor que fatura R$
33 bilhões ao ano.
A primeira a partir para o ataque contra o PET foi a Companhia Siderúrgica Nacional. Nessa luta por espaço nas gôndolas, a CSN investiu
R$ 10 milhões para lançar na televisão a campanha “Latas de aço, proteção sem comparação”. O objetivo é recuperar rapidamente o mercado perdido para o PET. A ação conta ainda com 400 promotores que pretendem convencer no corpo a corpo o consumidor de que a sua embalagem é melhor. Esse exército da CSN estará estrategicamente instalado nos principais supermercados do País. O setor de vidro também teve que buscar novos clientes quando o PET conquistou compradores antigos, como os fabricantes de requeijão, maionese e bebida isotônica. De uma hora para outra viu sua participação cair de 10% para 6%. Agora, começa a recuperar terreno.
Recentemente, a Ferrero Rocher, fabricante do Nutella (aquele creme de chocolate com avelã) aderiu ao vidro. Produtores de ervilha e milho também decidiram acondicionar seus grãos em potes de vidro, material que também foi mais procurado pela indústria de cervejas no ano passado. “A briga