A educação como ferramenta de mudança social
Vania Antônia da Silva
Para que haja a transformação de uma realidade há que se pensar seriamente em uma mudança de hábitos, pensamentos, atitudes, sair do automático e partir para o reflexivo tornando-se um sujeito ativo em sua própria história. Sabe-se que tal fato só será possível através de uma educação de qualidade. Partindo então desse pressuposto, tendo em vista que o principal empecilho para a que o objetivo acima exposto seja alcançado, além do analfabetismo tradicional é o chamado analfabetismo social, discorrer sobre tal dilema é de extrema relevância para uma melhor compreensão do tema proposto.
Para proporcionar o devido embasamento a este ensaio de crítica social, cabe trazer à baila a fala de Marina silva, concorrente à presidência da república nas ultimas eleições que ao conceder uma entrevista para a revista Época expressou sua opinião a respeito do analfabetismo. Além do sentido já conhecido, nos traz outra significação para a referida palavra quando diz que: “Analfabeto é também quem não consegue fazer uma leitura em relação aos tempos que está vivendo, quem não consegue ler os valores que se quer reforçar ou outros que a gente precisa mudar. Enfim, a alfabetização é um processo contínuo; é dar outra significação à vida.” Partindo dessa premissa, podemos perceber o tamanho da importância e a diferença que faz a educação na vida de um ser humano, uma vez que quando ele lê e interpreta o mundo a sua volta, está apto a aplicar os conhecimentos adquiridos no meio onde vive, começando por lutar para que as vítimas da injustiça social tenham acesso a um direito que configura pressuposto básico da cidadania, que é o direito a dignidade humana.
Em suma, depreende-se que, não obstante a falta de comprometimento daquele que deveria investir na educação (o Estado) e a dificuldade de sair dessa letargia aguda em que se encontra a nossa sociedade, a transformação social é possível posto