Ética Coordenativa O que faz com que uma determinada relação de pessoas e grupos ou mesmo de uma pessoa consigo mesma se torne efetiva é um modelo de conduta e comportamento. Esta conduta tem como premissa a maneira com que os valores aceitos são coordenados com a realidade. Esta na relação efetiva do que se acredita certo com o comportamento que outros acreditam certo. Nesta inter-relação os movimentos da moralidade são definidos. O sujeito, os grupos e as relações metafísicas acabam por ter um dispositivo primeiro coordenador de tudo que vai definir o movimento. Neste sentido o próprio sentido das coisas passa por uma idéia de coordenação.Assim, os valores sociais podem ser investigados dentro dos padrões de organização e de relacionamento humano. Um princípio ordenador, norteador e coordenador é o que a ética pessoal e coletiva procura sempre como determinante do viver. O que pretendemos aqui é verificar a necessidade deste princípio e sua existência e função. O que o traz a tona e o que o faz submergir. *** O que faz com que uma sociedade crie leis, normas e hábitos de conduta é a violência. No paraíso a lei era não comer da árvore do conhecimento. E isto era para que não acontecesse uma dada violência. Daí em diante a coisa toda foi ligada na hipótese de contenção. Se Hobbes fala do homem que ataca o próprio homem gerando um medo enlouquecedor, que só é atenuado pela perda da liberdade total em troca de uma lei ou de um Estado de Direito, o que importa é que se não houvesse a violência não haveria necessidade de ética, provavelmente. Se existe moralidade e ética é porque sem elas o homem se destruiria mais do que está se destruindo. *** A visão de mundo é parte da estrutura mental do sujeito. Ela é feita de tantas emoções, vivências, leis, idéias e teorias que seu conteúdo se confunde com a personalidade do sujeito. Ela tem tanta bagagem