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O tombamento do complexo da EFNOB em Campo Grande – MS é um dos pontos da pauta do Conselho Consultivo do Iphan que se reúne em dezembro
Destacando a importância para o desenvolvimento no Centro-Oeste brasileiro no início do século XX, a Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional no Mato Grosso do Sul – Iphan-MS está propondo o tombamento do complexo ferroviário da antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil – EFNOB em
Campo Grande. O parecer técnico, que será avaliado pelo Conselho Consultivo do
Iphan no próximo dia 3 de dezembro, na cidade de São João del-Rei, em Minas Gerais, ressalta que o complexo ainda hoje mantém sua coesão formal, o que garante a importância de sua preservação, já que descreve uma narrativa das transformações histórica, política, social, tecnológica e arquitetônico-urbanística dos anos em que foram implementadas.
O conjunto da EFNOB em Campo Grande possui 22,3 hectares e 135 edifícios em alvenaria e madeira, erguidos em datas diferentes a partir da ampliação das atividades e ainda mantém parte dos trilhos que não foram retirados da área urbana de Campo
Grande. Entre os imóveis estão as casas dos operários, dos funcionários intermediários e dos graduados, os escritórios, as oficinas, uma escola, a caixa d’água e a estação, construída a partir de 1914, com ampliações em 1924 e 1930. Originalmente, possuía
12 metros de extensão, mas foi expandida para 165 metros de comprimento. O imóvel abrigava áreas para bar, apoio, bilheteria, administração de cargas, serviços médicos e depósito. Um dos destaques do conjunto é a rotunda de manutenção, construção semicircular de
1951, com 110 metros de diâmetro. Continha oficinas, área de lavagem e depósito de peças, num complexo de amplas coberturas que marcam a sua imponência, identificada pela logomarca da EFNOB. O arquiteto do Iphan-MS, Fábio Guimarães
Rolim,