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Vicente Campos Filho: É paraibano natural de Patos e há cinco anos reside em João Pessoa. É autor de mais de três dezenas de cordéis. Vicente Campos Filho distribui os seus folhetos para comercialização nas diversas lojas especializadas em produtos para turistas da nossa capital e em bancas de revistas. Um destes cordéis em especial, segundo o autor, se destina à promoção da nossa cultura entre os que visitam a Paraíba. “O Dicionário de paraibês, (diz o autor) tem sido muito bem aceito entre os turistas que aqui chegam e que buscam informações sobre a cultura paraibana. Vários outros cordéis que tenho publicado são bem aceitos. Mas este tem superado as expectativas. Tanto turistas como nativos se deliciam com os termos apresentados”.Alguns trechos:
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Longe é a BAIXA DA ÉGUA
O ali é ACULÁ
Devagar é SÓ NA MANHA
Correr é DESIMBESTAR
O de cima é o de RIBA
Botar no chão é ARRIAR.
Mulher bonita é VISTOSA
Mulher feia é CANHÃO
Quem se zanga DÁ A GOTA
Quem dá bronca DÁ CARÃO
Menino que anda lento
OH... MENINO REMANCHÃO!
(...)
Antônio Lucena
Antonio Araújo de Lucena é um poeta popular residente na cidade de Campina Grande, Paraíba. Nascido em 6 de novembro em 1931 em Cajazeiras, morreu pouco depois da nossa entrevista, em novembro de 2005. Dentre os poetas paraibanos em atividade, destacava-se por acumular a função de escritor e de xilogravurista. Mestre nas duas artes, Lucena é o que se pode considerar como um legítimo poeta popular pelos temas, pelo modo de abordagem e pela visão de mundo que veicula em seus folhetos.Destaca-se em sua obra o tom bem humorado, o modo fantasioso e brincalhão de tratar seus temas e, em muitos folhetos, um tom mais picante no trato das questões ligadas a sexualidade, mas sem jamais fazer uso de apelações. De suas obras publicadas até o presente momento, tivemos acesso a 16 obras e O Sabiá da Palmeira e As proezas de João Grilo Neto foram os folhetos em que mais nos detivemos.