tipos de navio
Poderá parecer despropositado, agora, falar sobre este assunto, já que existe basta literatura sobre o mesmo. Mas é por isso mesmo. Há pouco mais de 40 anos, quando embarquei pela primeira vez, existiam uma meia dúzia de tipos de navios. Agora, ultrapassam a centena. Nessa altura, além do universalmente conhecido por tipo de carga (p. ex. o navio petroleiro e LPG’s, de carga geral, graneleiro, de passageiros), por tipo de pesca praticada (palangreiro, atuneiro, arrastão, etc.) e pelo tipo de trabalho (rebocador portuário e de alto mar, draga, barcaças e pouco mais).
Já existiam, no entanto, algumas classificações decorrentes do pós-guerra e do plano Marshall, como os SD14 e os Liberty’s Ships, bem como os navios que faziam, maioritariamente, o mercado europeu, com designações derivadas dos seus limites de tonelagem (aquilo a que estavam sujeitos a pagar de despesas portuárias) como os 499’s e os 999’s.
Convém lembrar que os anos 1970’s foram profícuos em querelas regionais, ou não estivéssemos em plena Guerra Fria: choques petrolíferos, 3ª guerra do Suez e etc. Foi nesta altura que surgiram os primeiros Capesize (mais tarde rebaptizados de VLCC’s – Very Large Crude Carriers – e outras designações específicas). Por contraponto à criação da designação Capesize (que acaba por se generalizar a navios de carga seca), surge o conceito Panamax, pois aqueles não podiam passar pelo Canal do Panamá, tendo que circundar o Cabo da Boa
Esperança e o Cabo Horn.
No final dessa década e na seguinte, assistiu-se à “explosão” da contentorização que, ao longo dos tempos e até hoje, nos brindou com dezenas de designações
(algumas redundantes, diga-se). Mas, para que possa dar algum sentido prático a este artigo, devo-o sistematizar de alguma forma.
Convém dizer que, essencialmente, poderemos dividir as classificações em três grandes grupos: as técnicas, as operacionais e as de índole, estritamente, comercial (ou de