Tipo de APR
Nome: Barbara, Larissa e Thainá Carvalho Nº: 04, 16 e 31
Turma: 2001
Verdade
O que é verdade? Na época do surgimento da filosofia, aceitava-se como verdade o que a tradição, as autoridades e os deuses determinavam.
Ora, os primeiros filósofos buscaram um novo conceito de verdade — uma verdade tão bem fundamentada que ninguém pudesse refutá-la. Ela deveria libertar o povo da autoridade arbitrária dos deuses, reis, oligarcas e tiranos, assim como das profecias enigmáticas dos sacerdotes.
A verdade procurada teria de ser um conhecimento definitivo, necessário e absoluto. Para um conhecimento ter tais características, deveria abranger tudo o que existe no universo. Logo, seria um conhecimento universal. A verdade precisaria ser universal, válida para todos. Uma verdade acima das particularidades, das raças, das nações, dos mitos regionais. Tomava-se consciência de que o homem almeja um conhecimento válido em todo o lugar.
A mentalidade mítica imaginava que a qualquer momento poderiam surgir novos deuses, novos heróis, e, o que é pior, novos monstros com poderes sobre-humanos. O homem vivia, pois, inseguro e temeroso da vida e da morte.
Ora, a filosofia, naquele momento, veio libertar o homem da insegurança e do temor: quem descobre a ordem universal não tem medo de nada, pois tudo está previsto. Nem os deuses podem contrariar a verdade total.
Pela primeira vez em toda a história da humanidade, o ser humano formula interpretações da realidade cuja fundamentação não está na tradição ou na conformidade com os dizeres míticos, mas na verdade argumentada da razão. É a filosofia.
Até então, em todas as culturas, o homem submetia o seu pensar aos mitos. O filósofo grego, diferentemente, acreditava que tinha a capacidade para formular interpretações próprias da realidade. Estariam erradas as afirmações tradicionais que as negassem.
A filosofia nasce, assim, com a