Til, de alencar
Romancista, jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista, polemista e dramaturgo,José de Alencar (Messejana, CE, 1829 – Rio de Janeiro, 1877) formou-se em Direito e iniciou a atividade literária no “Correio Mercantil” e “Diário do Rio de Janeiro”.
Til, escrito em 1872, pertence à fase regionalista da obra do autor, que inclui ainda livros como O gaúcho, O sertanejo e Tronco do ipê. Essas obras têm alguns elementos comuns, como retratar os costumes, a linguagem e a vida rural do século XIX. Também apresentam características românticas, como a idealização da natureza, a subjetividade e os enredos românticos.
Os protagonistas são Berta, Miguel, Linda e Afonso. Numa fazenda do interior paulista, segredos, desencontros amorosos e renúncias integram o enredo, bem dentro dos paradigmas do romantismo. Basta verificar a forma como alguns personagens são construídos.
A história gira em torno de paixões. Linda e Afonso são irmãos gêmeos, filhos de Luís Galvão e Dona Ermelinda. Linda ama Miguel, e Berta e Miguel se amam, mas, para que a amiga Linda não sofra, Berta consegue que Miguel se apaixone por Linda. Trata-se de uma estrutura narrativa em que os sentimentos comandam as ações.
Outro exemplo está na história de vida de Berta. De bom coração, ela visitava constantemente Zana, uma mulher com problemas mentais. O menino Brás, porém, também com alguma deficiência, sente ciúmes da protagonista e tenta matá-la. Repreendido pela heroína, arrepende-se.
O leitor fica sabendo que Brás era filho de uma irmã de Luís Galvão, que morrera viúva, e, por isso, ele vivia na casa de seu tio. Ele dera ainda a Berta o apelido de Til, pois, quando ela lhe ensinou o alfabeto, ele achou o til um sinal “gracioso”, associando-o a ela.
As rocambolescas ações do livro têm outros pontos altos. Um deles é quando Luís Galvão revela ser o pai de Berta com Besita, a moça mais bonita da cidade a quem ele seduziu e por quem Jão Fera, matador