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BC elevou a taxa básica de juros de 11% para 11,25% ao ano.
Na véspera, moeda caiu 0,23% frente o real, cotada a R$ 2,4684 na venda.
O dólar opera em queda nesta quinta-fiera (30) após o Banco Central surpreender e elevar a Selicem 0,25 ponto percentual, a 11,25% ao ano, citando maiores riscos à inflação.
Por volta de 12h50, a moeda norte-americana recuava 2,78%, a R$ 2,3997 na venda. Para os investidores, a alta da taxa Selic alimenta expectativas de fluxo positivo ao Brasil e de que a condução da política econômica pode tomar rumo mais favorável aos olhos do mercado. A política econômica do governo de Dilma Rousseff, reeleita no domingo, recebeu fortes críticas por causar inflação elevada e baixo crescimento, em meio a uma política fiscal pouco transparente.
"O aumento dos juros dá uma animada no mercado por causa da expectativa de fluxo, mas principalmente porque é um indício de que o governo está mais preocupado com a inflação", afirmou à Reuters o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
A decisão do BC de aumentar os juros pegou o mercado no contrapé, em meio a amplas expectativas de que a Selic só voltaria a subir no ano que vem, num cenário de inflação elevada e atividade fraca.
O mercado aguardará mais pistas sobre como será a política fiscal nos próximos quatro anos para confirmar suas apostas sobre a política econômica. Também continuará no radar a nomeação do próximo ministro da Fazenda.
"É um ótimo primeiro passo e parece que o mercado está bem feliz, mas ainda há um caminho longo à frente", disse o operador de câmbio da corretora B&T, Marcos Trabbold.
A expectativa de maior entrada de recursos estrangeiros no Brasil também ajudava na baixa no dólaro, com maior potencial de investimentos externos vindo para o Brasil em busca de mais rendimentos com a Selic maior.
Pelo terceiro dia seguido, o movimento do câmbio era turbinado também por fatores