The Second Industrial Divide
Autores: Michael J. Piore e Charles F. Sabel – ambos economistas do MIT
Cap. 7: A economia da produção em massa em crise
As estruturas econômicas do segundo pós-guerra trouxeram prosperidade e estabilidade social (crescimento rápido, inflação moderada, baixo desemprego), mas isto durou apenas até o final dos anos 1960.
Com a crise, as mesmas estruturas, subitamente, causaram inflação, desemprego, estagnação e agitação social. Como isto pôde acontecer?
Duas respostas possíveis: I) choques externos ao sistema econômico e respostas políticas equivocadas; II) incapacidade interna do sistema de acomodar a difusão da tecnologia de produção em massa e ausência de reformas efetivas.
A crise como acidente e erro (I): cinco episódios críticos
1. Agitação social:
Protestos contra a guerra do Vietnã e pelos direitos civis da população negra nos EUA;
Rebeliões populares na Europa no fim dos anos 1960
Mobilização da classe trabalhadora – duas hipóteses: surgimento de uma geração de trabalhadores sem tradição de “disciplina” ou insatisfação da mão de obra absorvida pela produção em massa (negros do sul dos EUA, imigrantes na Europa). Resultado: impacto do aumento dos salários na economia (inflação).
2. Taxas de câmbio flutuantes:
No final dos anos 1960, como resultado das agitações sociais, o sistema de câmbio fixo mudou para um sistema de câmbio flutuante.
A causa imediata, no entanto, foi a deterioração da competitividade internacional da economia estadunidense no período, a qual se deve à inflação doméstica referente aos gastos com a guerra do Vietnã.
Fim do padrão monetário Breton Woods em 1971 – instabilidade e imprevisibilidade do preço do dólar.
Incapacidade de uma composição multilateral para reformar o sistema e garantir liquidez aos mercados.
Argumentos a favor da taxa de câmbio flutuante: facilitar o ajuste de preço para cada mercadoria e evitar