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Desejando a integração com a União Europeia e temendo a influência russa, parte dos ucranianos foi às ruas para se manifestar contra a decisão. A quebra do acordo foi o estopim para um governo que já sofria desgastes com problemas como a economia sem crescimento, corrupção endêmica e a falta de reformas políticas. O gás natural produzido pela Rússia tem papel relevante na crise. Hoje, a Europa importa 30% do gás russo, número que já foi de 45%. A Ucrânia está entre os dez países que mais consomem gás natural no mundo e também redistribui o produto. Em seu território, passam 80% do gás russo vendido aos europeus por meio de seus gasodutos.
No controle dos preços do gás natural, os russos com frequência ameaçam suspender seu fornecimento aos ucranianos. Em 2006 e em 2009 os dois países entraram em crise devido a um desentendimento no valor do gás e a suspeitas de que a Ucrânia havia desviado o gás destinado a países vizinhos. Neste cenário, o desconto de US$ 2 bilhões anuais no preço do gás natural oferecido pelo presidente russo Vladimir Putin para o governo ucraniano abandonar o acordo com a União Europeia